data de lançamento:2025-02-15 10:31 tempo visitado:169
Casos de longevidade são casos de curiosidade. Falo do que conheço. Gente com 80, 90, cem anos? Não foi apenas a dieta, o jogging ou a medicina que prolongaram a vida. Foi a curiosidade: a ambição constante de saberem um pouco mais do que sabiam no dia anterior. Se isso é válido para os meus conhecidos, é válido para Henry Kissinger, morto aos cem, que continuou pensandover joguinho, escrevendo e publicando até o fim. Um tema, em particular, ocupou os neurônios do cavalheiro na fase crepuscular: a inteligência artificial.
Nas palavras do seu biógrafo, o historiador Niall Ferguson, faz sentido: se o poder destrutivo das armas nucleares ocupou grande parte da sua vida, era inevitável que os desafios da inteligência artificial também aparecessem no radar. O resultado dessa curiosidade pode ser lido no seu último livro, "Genesis", que escreveu em coautoria com Craig Mundie e Eric Schmidt.
É a existência humana que está em causa, argumentam eles. Não apenas no sentido mais básico da expressão. Há dimensões dessa existência que podem mudar de forma mais sutil. A história da humanidade é a história do seu desenvolvimento tecnológico, de como a espécie saiu da caverna, inventou a agricultura, criou cidades, melhorou os transportes, combateu doenças, pisou a Lua.
Mas, em todas essas etapas, o conhecimento andou de mãos dadas com o entendimento. Os humanos eram, ao mesmo tempo, criadores e beneficiários de uma tecnologia que dominavam.
Não com a inteligência artificial. Nosso conhecimento, em todas as áreas, será aumentado exponencialmente. Mas isso se dará por processos que não entendemos. Teremos informação sem explicação.
Saques diários ilimitados - Jogue a partir de 1 realSportingBet é Confiável—Não perca sua oferta exclusiva da SportingBet. Crédito bônus e melhor rollover do Brasil. O melhor das...jogo do tigreComo argumentam os autores, viveremos um futuro que será muito semelhante a um tempo pré-científico e pré-moderno, em que os seres humanos aceitavam uma autoridade inexplicável. Qual o problema? Ninguém falou em problema. Repito: os avanços serão exponenciais. Mas quem pensa que a perda de estatuto intelectual dos humanos face às máquinas é um mero detalhe está enganado.
Tradicionalmente, só Deus estava acima dos humanos. Mas, aqui na Terraver joguinho, os humanos estavam acima de todas as restantes espécies. Essa hierarquia vai acabar no século 21. Seremos destronados como modelos de inteligência. Estaremos preparados para o fim da nossa singularidade? Para o fim do nosso narcisismo? O mesmo em termos políticos. Não é preciso pintar cenários de catástrofe para esse mundo dominado pela inteligência artificial. As coisas podem ser mais sutis.